Sonya Azevedo
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Talismã
 
 
Tu que se achega silente, de mansinho,
Entre sorrisos, gestos, doce carinho.
Qual gorjeio do alvorar em canção
Espraia-se  em mi'alma, meu coração.
 
Tu  que me trazes da vida, a sorte;
Ao meu jardim, a sedução das rosas;
Aos lábios meus, os versos e prosas;
E, ao m' amor, eternidade sem morte.
 
Tu que se fez em mim um talismã,
Maná dos deuses em fruto de romã,
Encrisou o sol  ao amor  brilhar.
 
E no mover dos dedos qual um ímã
Fulgiu os astros em rico bailar,
E, em meu corpo, deixou-se mesclar.

 


Salvador, 2012
Sonya Azevedo
Enviado por Sonya Azevedo em 18/05/2012
Alterado em 18/05/2012
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